Fe4[Fe(CN)6]3
Patrícia Ferreira Martins, Azul da Prússia, 1987
Este quadro foi pintado sob o impacto da tragédia com o Césio 137
O Azul da Prússia, Fe4[Fe(CN)6]3 ou Ferrocianeto de Ferro, foi o primeiro pigmento artificialmente manufaturado da história. Ele foi descoberto por Diesbach, em Berlim*, por volta de 1704. O fabricante de pigmentos acidentalmente formou o pigmento azul quando fazia experimentos com a oxidação do ferro. O Azul da Prússia ficou disponível para ser usado pelos artistas em 1724 e foi extremamente popular ao longo de 3 séculos após sua descoberta. No século XIX, foi em grande parte substituído pelo Azul de Cobalto.
As moléculas do pigmento Azul da Prússia têm formato de cubo e são tão pequenas que dificilmente são visíveis ao microscópio. O pigmento não pode ser usado na pintura a fresco, pois, em meio básico, se torna uma cor castanha. É interessante notar que, em nível molecular, as pequenas partículas em forma de cubo, aos nossos olhos, são predominantemente amarelas pontilhadas de vermelho:
O que faz com que a refração da luz sobre este pigmento se reflita da cor azul, é o fato de a molécula ser tão compacta que quase não permite a presença de oxigênio no seu interior. Aos nossos olhos, a tinta Azul da Prússia é de um belíssimo e profundo azul:
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*Berlim foi a última capital da Prússia que, como Estado, foi abolida em 1934, pelos nazistas. A partir de então, o uso do termo limita-se aos contextos históricos, geográficos e culturais.